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23 dezembro 2003

O Artigo 37 deseja um Feliz Natal a todos os que por aqui passam e perdem tempo connosco, aos que não gostam do blog resta desejar um Natal não tão bom como os dos outros, um Natal mediano! Meri critma e que o Pai Natal seja um mãos largas! Mãos largas espiritualmente, porque já todos sabemos que ele também sofre a crise!

08 dezembro 2003

Os telejornais voltam a fazer das suas, a venda de crianças televisionada é o último grito em televisão em movimento! Acredito que muitos portugueses estão contentes com a brava intervenção de corajosos jornalistas que entram no mundo do tráfico de crianças, captam imagens exclusivas e fazem 30 minutos de telejornal sensacionalista.
Resta saber se estas intervenções à Hollywood não vão prejudicar investigações policiais, se estão relacionadas com investigações policiais ou se são feitas com a colaboração dos nossos agentes! Faz-me confusão ver uma reportagem em que estão jornalistas a fazer de isco e depois aparece a policia para prender os vendedores! Até que ponto vamos ter um país a reboque dos media? Todos sabemos que eles têm uma força incrivel mas devemos acreditar em tudo o que nos dizem e no que vemos? Ou temos de ler nas notícias o que devia ser a notícia?
Quero um telejornal de 30 minutos sem ligações em directo para Viseu onde há a maior broa do mundo, sem ligações a Bagdad onde os nossos GNR se queixam porque so comem "massa" e sem a ligação final para a desertificação de uma aldeia localizada para lá da modernidade!
Quero imprensa de direita, quero imprensa de esquerda, não quero que haja imprensa contra tudo e todos, quero um Portugal um bocadinho mais evoluído.

Desejava chamar à vossa atenção para o seguinte facto: porque raio é que o PDM de Lisboa foi alterado esta semana sabendo que tem de ser revisto (é uma obrigação legal) para o ano que vem? E quando se fala em revisto é mesmo rever todos os artigos. Será que os lobbyes do betão não podiam esperar um ano? E já agora, temo pelo futuro do Quartel do Carmo, que é onde nasceu a democracia portuguesa tal como a conhecemos, com a passagem do poder para as mãos do General Spínola. Só espero que não vá para lá um dos prometidos silos de betão de estacionamento prometidos para uma série de bairros históricos.

02 dezembro 2003

Ainda acerca da questão da revisão constitucional cumpre-me dizer uma ou duas palavras. Em primeiro lugar para dizer que apesar de discordar com o argumento de fundo do PR, concordo em parte com a sua posição. É claro que Espanha é um caso muito específico de constitucionalismo, o exemplo foi mal escolhido porque, em primeiro lugar em Espanha tem-se medo de rever a Constituição por se temer o reforço das autonomias que podem por em causa a unidade do Estado espanhol e por outro lado isto não é uma questão de contabilidade ("eu tenho mais revisões que tu"), o que interessa são as opções de fundo. As da nossa CRP são iguais ou talvez melhores (pelo menos a nível de direitos, liberdades e garantis) ás de qualquer outro país europeu. Concordo por isso que não se faça uma (outra, já houve a de 97 que não foi propriamente perfeita) revisão de fundo da constituição. O chamado carácter socializante do texto original que tanto assustou algumas pessoas nunca foi posto em prática e foi à muito expurgado do texto. De nada vale andar a mudar constituições para elas se aproximarem o mais possível do programa dos nosso partido porque se os outros partidos fazem o mesmo andamos sempre a rever e nunca se chega a lado nenhum. Uma constituição elaborada por assembleia é, por definição compromissória, porque é isso que a democracia é: fazer compromissos. Hoje em dia a Constituição não é certamente um dos maiores problemas do nosso país.

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